quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Aquilo que vai por dentro – reflexões para o que passou e o que virá


Várias pessoas disseram que rejuvenesci e fiquei pensando sobre quais seriam os motivos. Tem a ver com perder sete quilos, mas tem mais a ver com o que eu levo por dentro.
Tenho buscado meu autoconhecimento, tentando sopesar o que realmente importa, mais valores humanos e não materiais, menos consumismo, mais sentimentos. De uns tempos pra cá adotei a meditação, e ela tem ajudado a entender melhor minha mente, o que me faz feliz, e a controlar emoções que me adoecem. Final de ano é tempo de listas e nessa altura, que deve ser mais ou menos a metade da vida (da minha pelo menos), eu quero tirar coisas do rol de metas, desapegar, exercer a simplicidade, adotar um espírito leve, de bem com as pessoas que amo, e curtir pequenos prazeres do tipo dar um abraço de 30 segundos no meu filho, tirar o melhor que posso do meu piano, escutar um rock bem alto e sentir que o bumbo é o seu coração, passear com meu amor, dividir minhas reflexões num texto, curtir os amigos reais. E me perguntarão se eu não leio jornal, se não vejo que o mundo está doido, crise de todos os lados, e eu só penso que sei de tudo isso, o que me dá mais motivos para valorizar as pequenas vitórias e brindar os valores verdadeiros, essas coisas que a gente só para pra pensar no fim do ano e que deveriam ser prioridades. Afinal, só trabalhamos e corremos como doidos para ter qualidade de vida, o que é contraditório, porque o que conseguimos é mais estresse. A gente vai passar e as dores do mundo ficarão.
Eu me dei conta disso dia desses e resolvi focar no que me faz bem. Como você faz isso se o fim de semana só tem dois dias, e temos cinco de trabalho? Porque eu procuro motivos para ser feliz todos os dias, não só no final de semana, não só nas férias, quando dezembro chegar ou esperando pela sexta-feira. E dirão, ah, mas você ama o que faz. É verdade, só que tem mais a ver com isso de buscar enxergar a beleza nos detalhes. Porque se você prestar atenção, meu trabalho[1] é tentar ajudar a resolver as pequenas e grandes desgraças das pessoas, e isso é bem pesado, sugam a tua energia, você vive vários dramas e tensões que não são seus, mas também são seus, porque você pertence a esse grupo que se chama humanidade, e você tem empatia, por mais que não queira se envolver, é a empatia que te faz olhar o outro e compreendê-lo, não pré-julgar, aprender com ele e quem sabe ajudá-lo, mesmo que seu posicionamento seja contrário  de quem recebe sua intervenção, porém tem por objetivo um bem maior, que pode ser a favor de uma criança, uma vítima, a sociedade, enfim. Isso me faz superar as dificuldades e ver sentido naquilo que eu faço, porque não é sobre processos, é sobre pessoas, e isso muda toda a perspectiva da coisa. Se não tem como gostar do seu trabalho, existem seres humanos com quem você trabalha que tornam o fardo mais leve. Ah, eu só trabalho com criaturas problemáticas e complicadas. Será? Talvez o problema esteja em você, que nunca parou para conversar, perguntar sinceramente como o colega está se sentindo, indagar sobre sua vida, seus desejos, suas preferências. Por mais que possamos pensar diferente, fazer o bem é algo que dá sentido para sua vida e ajuda mais a você do que o ajudado. Importar-se sinceramente com seu semelhante acrescenta algo a ambos e você vai descobrir que quem senta na mesa ao seu lado tem sentimentos muito parecidos com os seus, embora seja do partido que você odeia, ou seja daqueles que vivem para reclamar de tudo. Dê uma chance de conhecer o outro, todos temos algo a dar de bom.
            Comecei a fazer reuniões informais com minha equipe, para falarmos não só de trabalho, mas de sentimentos, problemas, da vida. Estamos nos conhecendo e descobrindo qualidades e características que nem imaginávamos, um toca violino, a outra faz kangoo, outro joga tênis, e essas conversas tornam nosso ambiente mais leve, em sintonia, as ideias fluem e as soluções aparecem. Aliás, está aí algo a acrescentar na minha lista de proposições: conversar com alguém diferente a cada dia ou a cada semana.
            Se você me perguntar  qual a minha melhor qualidade, eu diria que é se colocar no lugar do outro, importar-se, envolver-se, ter um olhar compreensivo dirigido ao semelhante e a mim mesma, e, acima de tudo, dar o melhor em tudo que faço. A minha humanidade, que muitas vezes tento asfixiar, por questão de sobrevivência, é o que me forma e move. E desde que resolvi investir no autoconhecimento e nisso de valorizar as pessoas e os laços pessoais, em ser eu sem se importar muito em querer agradar, porque a gente não agrada a todos nem fazendo a coisa certa, que dirá com esse monte de defeitos, tenho impactado positivamente as pessoas na minha volta, elas gostando ou não de mim, mas que acabam me respeitando pelo que eu sou. Você acaba conquistando pela sua espontaneidade, erros e acertos, sentimentos genuínos, alegria em viver e em conviver com os demais. Se a ninguém agradar, se te chamarem de Poliana ou piegas, que a vida é bem mais complicada, ao menos você agradou a si mesmo. A disposição de estar sempre em construção te leva a ser humilde, a encarar as vitórias e fracassos como oportunidades de aprendizado para a sua evolução. O que eu sou e o que eu quero ser só dependem de mim. 
            Ninguém sabe dizer por que rejuvenesci, apenas sentem a vibe. Mas eu sei o que é, é essa coisa que carrego por dentro. 





[1] Como Promotora de Justiça atuando em matéria de família 


domingo, 25 de dezembro de 2016

Feliz natal!

Desejamos a todos um natal maravilhoso, com saúde, amor, paz e convívio com as pessoas. Que a gente consiga manter o olhar curioso das crianças e a enxergar soluções criativas para a nossa vida. 
A gente andou meio devagar aqui no blog por conta da correria de final de ano, mas estamos com várias ideias. Aguardem. Por ora, um feliz natal! 
(Foto arquivo pinterest)

sábado, 5 de novembro de 2016

#caixadeideias10

Seja empreendedor de si mesmo, eis o meu lema. Só você é responsável pelo que te acontece. Seja protagonista da sua vida, não vítima. Frase e foto @angeladalpos , grafia @micheledalpos #caixadeideias 
#thinkingabout #foco #aprendizado #motivação #blogmorenadepintas

David Grossman

Emocionante a palestra de David Grossman. Olha a cara de felicidade com meu autógrafo 😀
Algumas frases marcantes da fala do escritor.
Esperança é um ato ativo da imaginação.
O escritor sente claustrofobia nas palavras de outras pessoas.
A paz é uma âncora jogada ao futuro pq eu realmente nunca vivenciei.
Continuar a escrever o livro "Mulher que foge" foi uma opção pela vida naquele momento (em que perdeu o filho que estava no exército).



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Teatro São Pedro

No Teatro São Pedro a postos para a palestra do escritor David Grossman no domingo de manhã. #DavidGrossman #booklovers #feiradolivropoa #escritor#blogmorenadepintas

Flashes da Feira do Livro

Quem me conhece sabe que eu amo a feira do livro e eventos literários. Sábado foi uma tarde nota 10. Primeiro fui na sessão de autógrafos da Alexandra Lopes da Cunha, do livro de Poemas Bífida, no bar Von Teese. Depois passeio pela Feira com bate papo da Adriana Calcagnotto e Pedro Gonzaga e ainda conseguimos pegar o escritor peruano Jeremias Gamboa na praça de autógrafos. Tudo com meu parceiro Gabriel, que escolheu o Almanaque de games na sessão infantil da feira e da minha mana Michele.Seguem alguns flashes da nossa tarde.






quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Lançamento de Bífida

Eu na sessão de autógrafos do livro de pemas Bífida, da escritora Alexandra Lopes da Cunha, sábado passado, dia 29 de outubro. O livro é lindo demais! Em breve falarei mais sobre ele.

Vídeo 2 dos livros da Pergamus no ar

Segundo vídeo falando dos outros 3 livros da Pergamus editora que serão sorteados no blog, participem, em breve faremos o sorteio.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Feira do Livro de Porto Alegre

Começou a feira do livro de Porto Alegre na sexta-feira passada. Confere a programação no site http://www.feiradolivro-poa.com.br
Tem muita coisa legal, palestras, oficinas, sessões de autógrafos, tudo gratuito. 
Outra coisa, falando e livros, convidem seus amigos para curtirem a página da Pergamus editora, pra gente poder realizar o sorteio dos livros. Falta menos de 60 curtidas 😉

terça-feira, 25 de outubro de 2016

3000 likes na página do facebook




Muito bom diaaaaa! Chegamos a 3000 curtidas na página. Obrigada a todos. Tudo aqui é pensado e produzido com carinho pra vocês. Fica o convite pra quem não conhece o blog curtir a página e ficar por dentro dos textos, conteúdo e insights.

domingo, 16 de outubro de 2016

Conferências do TED

Eu gosto muito de assistir as conferências do TED. Muitos pensadores, cientistas, empreendedores, enfim, pessoas que se destacaram nas mais diversas áreas proferem palestras e aulas no palco do TED, e é muito interessante, aprendo sobre muita coisa. Esta, particularmente, leva a refletir sobre a educação dos filhos, como e para que os estamos criando. Notas e premiações não são o mais importante. Amor e valores, sim. Vale a pena assistir.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

#caixadeideias9

A criatividade é a chave que liga a realidade ao sonho. Frase @angeladalpos, foto @gustavobarreto @gustavobarretofotografia, grafia @posmichele Michele Dal Pos #caixadeideias #thinkingabout #aprendizado #blogmorenadepintas


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

#caixadeideias8

Foco é dizer não para tudo o que não é sua prioridade.
Frase @angeladalpos foto Gustavo Barreto Fotografia @gustavobarreto grafia @micheledalpos#caixadeideias #thinkingabout #blogmorenadepintas

Enquanto isso...

Então Deus disse: Mostre-me o que publicas nas redes sociais e te direi quem és...
E tudo poderá ser usado contra você na terra. 
(os processos agradecem)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Maria Luiza

Maria Luiza
               ou    O dia em que chorei em uma audiência


A história de Maria Luisa é breve como sua existência. Na inocência de seu um aninho e pouco, com a boca ainda vermelha dos comprimidos de sulfato ferroso que ingerira pensando que fossem balinhas, disse sorrindo para a mamãe “papei tudo”. 
A mãe de Maria Luiza, inexperiente em seus vinte anos, perguntou para a avó da menina se fazia mal que ela tivesse tomado, pelos seus cálculos, quase meio vidro dos comprimidos, e a avó, apavorada, aconselhou que a levasse ao hospital.
Por fim, a mãe-menina levou a filha no posto de saúde mais próximo, para fazer mais rápido.
A enfermeira vestida de branco passou-se por médica aos olhos da incipiente mãe, que sequer questionou quando aquela, sem nem examinar a menina, mandou-a de volta para casa, recomendando que desse suco de gelatina para a criança, que esta apenas teria uma dorzinha de barriga, nada demais.
De fato, a pequena começou a queixar-se de dor de barriga, passada uma hora da ingestão, dor essa que foi aumentando a ponto de fazer a menina se contorcer e chorar muito.
Decidiram levá-la ao pronto socorro da cidade, onde no caminho a menina desmaiou de dor, o que se revelou, ao chegar ao hospital, que, na verdade, entrara em coma. A correria foi grande para tentar salvar Maria Luisa, pois a medicação já tinha sido absorvida pelo organismo. Chegou a ser removida a Porto Alegre, porém não resistiu à gravidade de seu quadro, vindo a falecer no dia seguinte.
A história de Maria Luisa chegou até mim por meio de um processo criminal contra a enfermeira. À dor da mãe juntou-se a minha e quase não consegui fazer as perguntas na audiência pelas lágrimas que me caiam dos olhos e o nó que eu tinha na garganta.
Errou a mãe que não percebeu a filha tomando a medicação, enquanto fazia o almoço. E se poderia julgar uma mãe iniciante, multitarefas no revezamento do cuidado da casa e de uma criança pequena? Mais, poderíamos dizer que errou ao confiar na pessoa de avental branco que a atendeu? Seria correto exigir-lhe que não confiasse?
Errou a enfermeira que não encaminhou o caso com urgência ao médico plantonista, subestimando os efeitos de uma intoxicação por sulfato ferroso. Estaria ela com excesso de trabalho? Queria provar conhecimento? Tentava cobrir o furo da falta de médicos no local ou era conivente com algum médico que não queria atender?
A resposta para essa sucessão de erros é que Maria Luisa pagou com a vida. Com a sua e com um pedaço da de sua mãe, pai, avó, familiares. Até de mim, que nem a conhecia, arrancou-me um naco dolorido, eu que estou acostumada com essas coisas, depois de tantos anos atuando no crime, mas depois que virei mãe, as dores do mundo me pesam demais.
A natureza devia ter permitido sete vida às crianças, como garantia de protegê-las de sua curiosidade e inocência, mas, acima de tudo, dos erros e omissões dos adultos, seus descuidos e falta de atenção pelo excesso de tarefas ou seja lá por que motivo for.
Deus, ou o ser superior em que você acredita, deve ter as suas razões para ter levado esse anjo tão cedo. Se foi para nos ensinar, que façamos todos a lição de casa: tirar os remédios, produtos e utensílios perigosos do alcance das crianças; ainda assim, não pregar o olho delas quando estiverem sob nossos cuidados; pais negligentes, abusadores, que maltratam e colocam os filhos em risco devem ser delatados; se você não é médico, não se meta a receitar ou medicar quando não está preparado para tal, chame quem estudou e tem diploma para isso. Se desconfiou, busque uma segunda opinião. Fiscalize o atendimento prestado nos postos e hospitais, denuncie, exercício ilegal da profissão continua sendo contravenção penal e sujeita a outras sanções administrativas sérias, cabíveis também a médicos pagos com dinheiro público que não trabalham. Algumas atitudes preventivas podem ser a diferença entre preservar uma criança viva ou não.
Maria Luisa, pelo menos para mim e para todos que conhecerem sua história, tenho certeza, não terá sido em vão.


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#caixadeideias7



Felicidade é você querer estar onde está e com quem você está. Frase @angeladalpos foto @gustavobarreto @gustavobarretofotografia#caixadeideias #blogmorenadepintas

terça-feira, 27 de setembro de 2016

2500 likes



Happy day! Chegamos a 2500 curtidas na página do Facebook ! Muito obrigada a todos que curtiram lá e acompanham o blog!

domingo, 25 de setembro de 2016

Filme cegonhas

Dica de hoje é o filme Cegonhas - A História que não te contaram.
Os filmes infantis estão tão bem feitos e cheio de metáforas que até os adultos curtem. Essa história é cheia de significados, as cegonhas entregavam os bebês, e então se rendem às regras de mercado passando a entregar apenas mercadorias para uma grande empresa. Quantas outras profissões e ramos de negócio precisam se modernizar ou mudar de ramo para continuarem a existir? Só que não é só o dinheiro que importa, você precisa ter um objetivo, um ideal por trás daquilo que você faz. Tem mais sentido entregar mercadorias ou bebês? 
O filme chama atenção para outros valores também, como a família, a amizade, e faz refletir acerca do propósito pelo qual lutamos por algo, já que as cegonhas admiravam o chefe e queriam chegar naquele posto, sem todavia saber bem o porquê. Mais ou menos como aqueles cachorros que correm atrás do carro enlouquecidos e quando o carro pára não sabem bem o que fazer com ele. Também convida a refletir sobre a família moderna, com pais que trabalham muito e pouco tempo têm para os filhos, assunto que inclusive tratei no post anterior. As crianças crescem rápido, e os pais não aproveitam as fases do filho porque estão ocupados trabalhando. Não se desespere se você se identificar, sempre é tempo de se dar conta e tentar recuperar o prejuízo. 

Sinopse:
Cegonhas entregam bebês... ou pelo menos costumavam. Agora elas entregam encomendas para a gigante global da internet Cornerstore.com. Júnior, um dos principais entregadores da companhia, está prestes a ser promovido quando acidentalmente ativa a máquina que faz bebês, produzindo uma adorável e totalmente não autorizada bebê. Desesperado para entregar esse presentinho antes que o chefe descubra, Junior e sua amiga Tulipa, o único humano na Montanha das Cegonhas, correm para fazer sua primeira entrega de bebês em uma viagem selvagem e reveladora. Isso poderá fazer mais do que apenas iniciar uma família, mas também restaurar a verdadeira missão das cegonhas no mundo.

Aprendizado do dia

Esse pé de seis anos ontem era um pezinho bebê. Aproveite o tempo com seus filhos! #maeefilho #amordamamãe #coisasdeGabriel #blogmorenadepintas

#foco

Há que ter foco para alcançar objetivos, já dizia eu em outro post. #versãoBeta #rodrigobarrostv #thinkingabout #foco #empoderamento #motivação #livros #booklovers #blogmorenadepintas

Novo Sorteio de Livros

SORTEIO DE LIVROS
Novo sorteio no ar. Blog Morena de Pintas e Pergamus Editora convidam vocês a participarem dessa promoção que vai sortear 5 livros da Editora Pergamus, assim que a página da editora chegar a 500 likes. São livros de contos e crônicas: O Sexo das Antas, de Kelli Pedroso; Súplicas de um Carnavalesco de José Antonio Grings; Amor e outros Desastres de Alexandra Lopes da Cunha; Só a Exaustão traz a Verdade de Ismael Caneppele (Org. Kelli Pedroso); e Moscas no Labirinto de Eliana Rigol. Três deles são finalistas do prêmio AGES de literatura . Depois farei um post falando sobre os livros com detalhes.
Para participar você precisa:
1-Curtir a página da Editora Pergamus no Facebook https://www.facebook.com/editorapergamus
2-Curtir a página Angela Dal Pos - Blog Morena de Pinta s no Facebook https://www.facebook.com/angeladalposeuescritora
3- Compartilhar a promoção marcando 2 amigos.
4- Deixe um aviso no post da promoção avisando que você está participando.
Boa sorte!!

domingo, 18 de setembro de 2016

Vídeo sobre o aprendizado de comemorar as pequenas vitórias

Fiz uma crônica falada sobre esse aprendizado.
Te inscreve no canal do YouTube para ficar por dentro das novidades.


Realizado o sorteio

Sorteamos os ganhadores dos livros da promoção do Blog: Marcio Dal Pos e Claudia Bins.
Na verdade seria um sorteado, mas como o Marcio é meu irmão, fiz o sorteio de mais uma pessoa para ter graça. Assistam lá na live que fiz no facebook. Parabéns aos vencedores!
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sábado, 17 de setembro de 2016

#caixadeideias 6

Os maiores arrependimentos são os de não ter tentado. Frase Angela Dal Pos, Foto Gustabo Barreto, Gustavo Barreto Fotografia. #caixadeideias #blogmorenadepintas #thinkingabaout





segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A pequena vitória de cada dia


Recebi um e-mail de um rapaz, escritor independente, perguntando qual o procedimento para que eu resenhasse o livro que ele estava lançando e divulgasse no blog.
Achei legal o interesse dele, pois mostra o prestígio e importância do que escrevo, mas expliquei que eu não fazia resenhas  por remuneração, mas por gosto, dos livros que leio. E no momento estava dedicando todo o meu tempo disponível para os posts do blog, porém, se acaso viesse a ler seu livro, faria uma resenha com uma análise sincera sobre o conteúdo. 
Vejam, não é uma questão de ser arrogante, de indiretamente dizer “não tenho intenção de ler o seu livro”, mas de foco. O meu dia continua tendo apenas 24 horas e se não der prioridade ao que é mais relevante e que me propus a fazer, não vou conseguir produzir textos e conteúdo de qualidade para vocês. Às vezes é importante dizer não para os outros para dizer sim a você mesmo, dá para entender? Por exemplo, nesse momento eu não estou produzindo tanto como eu gostaria porque estou tentando aprender sobre marketing digital para conseguir divulgar meu material a um maior número de pessoas. Estou aprendendo a produzir vídeos, editar, criar design, etc, e com isso entregar conteúdo com mais qualidade, dentro do meu propósito. Não dá para abraçar o mundo. Percebem? 
Tudo isso para dizer que o que produzo aqui é sem pretensão alguma de lucro, senão de entreter, fazer refletir, informar, motivar, produzir emoções. Quero agregar valor, trazer algo que possa ter relevância pra a vida das pessoas. Não é escrever por escrever. Por isso cada novo leitor ou leitora que passa a seguir a página ou o blog é comemorado como uma pequena vitória, um passo a mais rumo ao objetivo de fazer com que esse conteúdo chegue ao maior número de pessoas. É o que me move a continuar escrevendo. 
Procuro comemorar cada pequena conquista e, assim, ir acumulando uma a uma. Valorizar as pequenas recompensas do caminho me fazem continuar andando. Olho pra trás e analiso tudo que trilhei para chegar onde estou e ter em mente o ponto que pretendo alcançar. Autoajuda? Não, digo que é inteligência intrapessoal, busca de autoconhecimento. Pretendo falar sobre isso em outro texto. Por ora, minha gratidão por cada um que lê e acompanha o blog.

domingo, 11 de setembro de 2016

Muitos LIKES de vida!

Nossa página no facebook está evoluindo, chegamos a 1500 LIKES. Obrigada a todo mundo que curtiu e está ajudando a divulgar a página e os posts. Valeu de verdade, vamos que vamos, rumo aos 2000. Se você não conhece nossa página, entra lá e curte também. Aqui vai o link https://www.facebook.com/angeladalposeuescritora/
Aproveite também para nos seguir nas outras redes sociais: 
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Canal do you tube: Angela Dal Pos- blog Morena de Pintas http://goo.gl/Zdbb8Y

Snapchat: angeladalpos

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Dica de restaurante - cafeteria : PARIS 6


Quem acompanha o blog sabe que a gente adora passeios e viagens e sempre divide a experiência.

Hoje fui com Gustavo e Gabriel tomar café da manhã no Paris 6. Quem mora em Porto Alegre precisa visitar esse lugar incrível, a decoração é linda, parece que a gente viajou no tempo e aterrisou em Paris, assim que passa pela porta. O lugar é cheio de quadros de retratos pintado de gaúchos de destaque.
Mas o melhor de tudo é que, se você baixa o aplicativo do Paris 6 no seu celular, tem acesso a várias promoções, basta se cadastrar e baixar o cupom desejado.
No nosso caso, utilizamos o cupom que dava 50% de desconto no café da manhã, que é um bifê cheio de guloseimas, tapioca feita na hora, café, sucos, chá, tudo delicioso e você pode comer à vontade. Nos domingos e feriados (como era o caso de hoje) o café custava R$ 39,00 e saiu pela metade. Nos dias normais custa R$ 32. Mas preste atenção porque no cupom aparece a data de validade, geralmente eles são para dias de semana. Também há cupons de promoções de almoço e sobremesas.
Quem me passou essa super dica foi minha amiga Ingrid Petracco que é super antenada para lugares e dicas quentes e achei bem legal dividir com vocês.
Clique aqui para acessar o site do Paris 6




domingo, 4 de setembro de 2016

#caixadeideias 5


Frase @angeladalpos ;foto @gustavobarreto @gustavobarretofotografia ;grafia Michele Dal Pos


Dica de livro e sorteio

Vídeo com dica de livros e falando da promoção do blog de sorteio de livro rolando no you tube. Participe da promoção acessando o link 

https://www.youtube.com/watch?v=AZiyUZvwrbc

#caixadeideias 4

Frase @angeladalpos ;foto @gustavobarreto @gustavobarretofotografia ;grafia Michele Dal Pos

sábado, 20 de agosto de 2016

Os (meus) Oito Passos Para a Escolha de Uma Escola


Se você é pai ou mãe em algum momento passará pelo suplício de dúvidas que é escolher a escola do seu filho. Esses dias, uma mãe me questionou acerca da escola do Gabriel e lembrei que passei pelo suplício da escolha ano passado, por volta de julho, quando começa a romaria de reserva de vagas e matrículas para o ano seguinte. Respondi todas as questões que sabia e recomendei muito que ela fosse conhecer a escola para sentir o ambiente e questionar sobre a proposta pedagógica. Parece pouco, mas é o que vai movê-lo em direção à uma escola ou outra. No meu caso, eu estava com uma seleção de três estabelecimentos de ensino. Uma com proposta construtivista e duas “conteudistas” ou tradicionais. Foram algumas noites mal dormidas.
Eu fiquei muito impressionada positivamente pela escola construtivista, mas meu marido não se identificou. A metodologia de ensino é toda diferente e é difícil explicar o porquê de não tê-la escolhido sem parecermos burocratas. Características como a de aplicar um ensino mais lúdico, que dá mais liberdade aos alunos e respeita o tempo e a individualidade de cada um, podem atrair os pais ou assustá-los pela quebra de paradigma.
Assim, entendendo que a escola deveria corresponder não só às minhas expectativas, mas a do meu marido e o perfil da criança, restringimos a escolha às duas tradicionais da nossa lista, que tinham propostas pedagógicas bem próximas.
Uma delas se destacava pela estrutura física diferenciada, em meio à natureza. Mas a conversa com outras mães me deixou receosa, pois ficou claro que o diálogo não era o forte daquele estabelecimento de ensino. Embora muitas me contassem que seus filhos adoravam a escola e estavam bem adaptados, apesar de ser bem rigorosa na disciplina e na quantidade de matéria ensinada, foi-me narrada situação em que os pais discordaram do valor cobrado por uma festa de final de ano, e a direção sumariamente cancelou o evento sem conversa.
Outra pessoa referiu que, na sua visão, as reuniões serviam apenas para comunicar os assuntos, pois a docência não ouvia os pais.
Ainda havia relatos de questões relacionadas à competição entre os alunos pela ostentação de itens de maior valor ( Smartphone, Tablets, tênis, mochila, viagens, etc) e estímulo ao consumismo.
Eu precisava de mais informações, pois realmente tinha gostado da escola e era a mais próxima da nossa casa. Então pedi para entrar num grupo de pais no Facebook e observei pelas conversas, que estavam criticando alguns pontos da escola, que precisavam ser melhoradas e tal, o que é salutar no meu ponto de vista e para isso serve um grupo de pais. Lá pelas tantas, uma professora informou que ela e as demais professoras iriam se retirar do grupo porque não coadunavam com aquelas críticas. Fiquei chocada, não se pode fazer críticas. Foi aí que tive certeza que esta escola não servia. 
Falemos da nossa escolha.
Igualmente conversei com muitas mães antes de decidir, todavia o que me fez optar por esta foi o quanto me senti bem lá dentro, por mais que a estrutura física fosse a mais modesta dentre as três. Deu para perceber que as professoras e funcionárias amam o que fazem e são muito acolhedoras aos pais e alunos. Além disso, a proposta pedagógica é bem adequada. Há bastante conteúdo, porém o lado humano é muito valorizado. A escola é pequena, seu filho não é só mais um, ele é conhecido por todos pelo nome e suas características. As crianças têm encontros semanais com a psicóloga para tratar das relações sociais e para ajudá-las lidar com eventuais dificuldades relacionadas à convivência escolar. Considerando que elas passam grande parte do tempo na escola, salutar esse espaço de diálogo sobre as regras de convivência e resolução de conflitos. A administração é muito acessível no trato das preocupações e reinvidicações dos pais, estando sempre disponível para a resolução de problemas, o que é uma tranquilidade para os pais e cria uma relação de confiança. Gabriel está muito bem adaptado no novo colégio, com fortes vínculos de amizade, sendo visível sua evolução. Aos seis anos aprendeu a ler assim que chegou e já consegue ler livros sozinho. A leitura é muito valorizada por lá.
Claro que a sua satisfação depende de o que você imagina de uma escola. Minhas amigas têm as filhas naquela de método construtivista e estão apaixonadas. Mesmo as mães que me contaram os episódios da escola mais rígida seguem com os filhos lá, pois a disciplina e rigor são valores que elas prezam. O que para mim talvez seja visto como não aceitável, para elas é primordial e faz parte do esperado. 
Entendam que não estou criticando esse ou aquele método de ensino. A questão é ter muito presente a sua expectativa em relação ao ensino, o que você deseja para seu filho e aí contam muito até mesmo as suas experiências pessoais com a sua própria escola no passado e a proposta pedagógica vivenciada.
O meu objetivo com esse texto é apenas ajudar, se possível, outros pais nessa decisão tão importante, que vai marcar e moldar para sempre a vida da criança, mostrando alguns aspectos que considerei para tomar minha decisão.
Se eu fosse listar os passos da Angela para a escolha de uma escola, seriam:
1) selecione duas ou três que mais lhe agradam dentro do seu orçamento e localização desejados; 2) marque uma entrevista e visite o estabelecimento de ensino, faça perguntas, tire todas as suas dúvidas; 3) sinta o ambiente e o atendimento prestado pelos que lá trabalham; observe a estrutura física e humana; o andamento da escola; e se possível, como os alunos se relacionam no ambiente, como eles são tratados; como a escola vê os alunos e seus pais 4) conheça a proposta pedagógica e analise se ela está de acordo com o que você idealiza; 5) verifique a grade de matérias e as atividades extracurriculares oferecidas; 6) pesquise o site da escola para verificar as informações oficiais a respeito desta, ao que ela se propõe, etc.; 7) visite páginas e grupos de facebook da escola e dos pais para saber o que pensam, suas angústias e satisfações; 8) converse com outros pais, mas decida por você mesmo, pois como eu disse, o que é bom pra eles pode não ser pra você. 
Talvez você ache que estou hipervalorizando essa escolha, pois sempre é possível trocar de escola. Mas não é melhor fazer uma pesquisa prévia e tentar (digo tentar porque mesmo com esses cuidados não há garantia de acerto) poupar seu filho do estresse de mais uma mudança, troca de ambiente, de amigos e toda uma nova adaptação? Nós gostamos de ter acertado e é muito gratificante ver que meu menino está ótimo, adaptado, feliz, aprendendo. Boa sorte! Se alguma dessas dicas ajudar, já terá valido escrever este texto. 


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Filme Julieta

Sobre o filme Julieta, de Almodóvar, que assisti ontem. Ele fala a todas as mulheres sobre a culpa incurável que sentimos, enquanto mães, mulheres esposas. Me socorro da Diana Corso que fez uma análise magistral sobre o filme. Impossível não sair tocada depois de assisti-lo.
Abaixo a crônica da Diana Corso, publicada no jornal Zero Hora:


A Culpa Incurável das Mulheres - Diana Corso
É difícil sair ileso do filme Julieta, de Pedro Almodóvar. Como mulher, como mãe, consigo sentir a força da dor e principalmente da culpa da personagem que perdeu a filha. Não se trata de uma morte, mas de um rompimento absoluto, prenhe de acusações dirigidas à mãe. São acusações do tipo bem comum, que já fizemos ou recebemos: por não ter sido suficientemente presente, atenta. Por isso, todas nós sentimos como se esse drama fosse nosso: um dia chegaria a conta pela mulher ou pela mãe que não soubemos ser.
Julieta, como a de Shakespeare, está igualmente fadada a desencontrar-se do amor e esbarrar na morte. Viu seu eleito ser tragado pelo mar, mas não morreu de amor. Não era essa a maior dor que a aguardava: ela é uma mãe destinada a sofrer o abandono da filha. O filme é inspirado em três contos do livro A Fugitiva, de Alice Munro. A partir deles, Almodóvar imprimiu suas cores fortes à história, mas nem por isso lhe adulterou a essência. Livro e filme tratam da sobrevivência a esse luto impossível, que é perder um filho que não morreu.
A filha de Julieta decide ir para um retiro espiritual, onde conclui que precisava romper com tudo, a começar pela mãe. Somente vários anos depois do sumiço, por acaso, chegam notícias do seu destino: vive em uma região retirada e tem vários filhos. Ao desaparecer, o único recado que deixou atrás de si consistiu em uma queixa: sentia-se solitária junto à mãe. O troco, o castigo que impôs a ela por essa suposta omissão, foi o abandono.
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Estar sozinho é um inferno quando significa ser condenado à companhia constante de uma falta. Aparentemente, a filha sentia-se também assim em presença de sua mãe. Na história, essa insatisfação é tudo o que sabemos dela.
A autoacusação constante faz parte da feminilidade. Julgamos que deveríamos ter acolhido mais, escutado mais, exigido menos, jamais ter outras prioridades. É como se aqueles a quem amamos estivessem ainda ligados a nós por um cordão, já não umbilical, mas ainda vital. O que o filme ressalta é o quanto nós, mulheres, acabamos dependendo desse tipo de relação. A filha de Julieta corta radicalmente esse cordão, e quem quase morre é a mãe.
Um dos motores dessa culpa está em considerarem-se imprescindíveis. O problema é que essa dependência acabou sendo vital para nós, tanto que o desmame costuma ser mais sofrido para a mãe do que para o bebê. Essa disponibilidade absoluta, como se os outros ainda habitassem nosso corpo, é herdeira de uma missão que já não é a única das mulheres, mas resta enquanto terreno conhecido.
Nessa história, a culpa permeia outras relações além da maternidade. A perda inaugural de Julieta nada tem a ver com a filha, mas sim com o pecado capital da desatenção. Ainda jovem, ela estava em um trem, e um senhor desconhecido sentou-se à sua frente puxando conversa. Incomodada, ela tentou retomar a leitura, mas ele foi insistente, sugerindo que poderiam fazer-se um pouco companhia. Infelizmente, tal rejeição foi fatal para a esperança dele que, na primeira oportunidade, joga-se na frente dos trilhos: aquele tinha sido seu último apelo ao mundo. Na sequência, após uma discussão em que ela não conseguia perdoar o marido por uma antiga traição, ele, que era pescador, sucumbiu a uma tempestade. Teria ele corrido risco desnecessário influenciado pelo clima ruim da relação?
Culpa e culpa, por não escutar, por não perdoar, por não ser a mãe que a filha queria que ela fosse. Julieta revela-nos um drama tão contemporâneo das mulheres que nunca acham que estão onde, como e quanto deveriam. Se há algo que aprisiona, é nossa própria fantasia de uma mãe que esteja plena e completamente entregue à missão, essa que nunca seremos, mas que gostaríamos de ter tido. Resta-nos a pergunta: será que essa mulher atenta, disponível, magnânima, alguma vez existiu? Talvez seja ela mesma o fantasma do qual, por meio da culpa, não conseguimos nos separar.