sexta-feira, 9 de julho de 2010

Toy Story 3

Assisti Toy Story 3 e achei tão bonitinho. Posso dizer que o filme é mais para os adultos que para as crianças, porque tem certas nuances que as crianças não conseguem perceber.
O apego dos brinquedos ao menino-dono, Andy, e o desinteresse deste pelos brinquedos por ter entrado na adolescência e não brincar mais me levaram a refletir sobre o consumismo. A gente se desfaz das coisas em dois toques porque surge outra apresentada como "melhor", mesmo que a que você tinha continuasse cumprindo sua função. O pior é que começamos a substituir as pessoas. Acho que os brinquedos representam justamente estas relações descartáveis entre as pessoas, que ocorrem toda hora, e a gente nem percebe. Ao olhar para trás, lá estão pilhas de ressentimentos e arrependimentos deixados pelo caminho.
No caso de Andy, sente-se uma certa tristeza dele por ter que deixar os brinquedos para trás, depositando-os no sótão. Não é fácil crescer e ter que guardar nossa criança no sótão. Então por que guardá-la?
Ainda há tempo de libertar a criança, retomar amizades, caminhar descalço, desapegar-se de coisas, ganhar tempo com quem amamos. Já se deram conta quanto tempo perdemos com esse monte de aparato tecnológico? Temos a impressão que estamos sempre ocupados, mas com o quê especificamente?
Simplifique sua vida, livre-se dos entulhos, deixe espaço para o que interessa. Inclusive para a sua criança interior.

6 comentários:

chica disse...

Que legal,quero ver ainda!beijos,tudo de bom,chica

ggimenez disse...

Morena, embora eu não tenha ido assistir Toy Story ( e digasse de passagem: adoro filmes infantis)gostei muito do que dizes em teu comentário concordo contigo e quero destacar dois momentos da tua fala:"O pior é que começamos a substituir as pessoas"e,"Não é fácil crescer e ter que guardar nossa criança no sótão. Então por que guardá-la?
Ainda há tempo de libertar a criança, retomar amizades, caminhar descalço, desapegar-se de coisas, ganhar tempo com quem amamos". Tens toda a razão, que bom que penses assim.. bjus no coração!!

Kelli Pedroso disse...

Estou louca para assistir. Adoro estas animações, geralmente são melhores que muitos filmes. Não há sombra de duvidas que sempre e bom cumprirmos as nossas responsabilidades, mas sem nunca deixar de lado a criança que existe dentro de cada um de nos. Me parece que algumas pessoas sentem vergonha disto. Não deveriam. O que e bom, não e para ser deixado de lado. Ainda mais nos dias de hoje onde, infelizmente, o mal impera. Eis mais um motivo para tornar o nosso dia a dia mais leve: deixar aflorar o nosso lado criança.

Marta disse...

Sem dúvida...
Seja bem-vinda, agradeço sua visita ao meu blog http://marta3m.zip.net/.
Sem dúvida, o humano como objeto sem valor,descartável.
Ao humano possível...
Adorei o seu blog. Voltarei.
Abraços

Eduardo disse...

Angela,
Assisti ao filme. Mas, confesso, não tinha parado para pensar na relação de abandono que fazemos em face dos outros e de nós mesmos enquanto crianças frente ao consumismo e à "modernidade". Mas você tem toda a razão!
Quando chegamos em casa, não temos mais tempo para refletir ou para cultivar quem gostamos. Temos de responder e-mails, entrar no orkut, no facebook, no msn, ... E se algo ou alguém nos chateia, temos outras opções de consumo. Então, substituimos até mesmo a reflexão. E assim vamos na superficialidade e no vazio, que parece preencher.
Grato por esse tempo de meditação.
Abração,
Eduardo.

Angela Dal Pos - Morena de Pintas disse...

Chica, assiste que vc vai adorar. Gladis temos que nos dar conta disso p dar atenção ao que é importante. Kellizinha, a vida das crianças é leve, temos que aprender com elas, sem que isso signifique fugir às responsabilidades. Martaa seja bem-vinda, é possível sim sermos apenas humanos. Eduardo, concordo contigo. O difícil às vezes é a gente parar p pensar onde queremos ir em meio a todas as coisas que o consumo nos oferece. abs