segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

De vanguarda - uma boa desculpa

O Professor Luis Augusto Fischer fala de vanguarda no caderno Cultura da Zero Hora desse sábado. Diz que, segundo Ernildo Stein, “a vanguarda se apresenta como portadora do futuro, como capaz de trazer ao presente um naco do que ainda nem é mas vai ser; aí, o sujeito que está ali vendo o que acontece fica com uma de duas alternativas, aceitar a vanguarda ou não aceitar. A escolha depende de decidir sobre um problema relevante: como saber se tem cabimento aquilo que a vanguarda oferece? Ocorre que a vanguarda, apresentando-se como portadora do futuro, não se submete ao teste do presente. Se por acaso ela for arguída como incompetente, irrelevante incompreensível sempre vai poder dizer em sua defesa que o presente não tem competência para avaliá-la.”
Posição cômoda essa da vanguarda, não? Qualquer crítica negativa é tida como incapacidade do presente de entender o novo, o porvir.
Taí, é um bom argumento para usar quando meus textos ou atitudes forem imcompreendidos, dizer que isso se dá pelo fato de serem de vanguarda, pois, como diz o Fischer, essa não pode pretender a unanimidade, nem mesmo a hegemonia, se quiser honrar as calças que veste.

Um comentário:

Velejando nas Letras disse...

Querida Angela,
Muito oportuno e convincente esse texto do professor Luis Augusto Fischer. Adorei e concordo com a argumentação em defesa da vanguarda. Beijos!
Angela