Assisti Toy Story 3 e achei tão bonitinho. Posso dizer que o filme é mais para os adultos que para as crianças, porque tem certas nuances que as crianças não conseguem perceber.
O apego dos brinquedos ao menino-dono, Andy, e o desinteresse deste pelos brinquedos por ter entrado na adolescência e não brincar mais me levaram a refletir sobre o consumismo. A gente se desfaz das coisas em dois toques porque surge outra apresentada como "melhor", mesmo que a que você tinha continuasse cumprindo sua função. O pior é que começamos a substituir as pessoas. Acho que os brinquedos representam justamente estas relações descartáveis entre as pessoas, que ocorrem toda hora, e a gente nem percebe. Ao olhar para trás, lá estão pilhas de ressentimentos e arrependimentos deixados pelo caminho.
No caso de Andy, sente-se uma certa tristeza dele por ter que deixar os brinquedos para trás, depositando-os no sótão. Não é fácil crescer e ter que guardar nossa criança no sótão. Então por que guardá-la?
Ainda há tempo de libertar a criança, retomar amizades, caminhar descalço, desapegar-se de coisas, ganhar tempo com quem amamos. Já se deram conta quanto tempo perdemos com esse monte de aparato tecnológico? Temos a impressão que estamos sempre ocupados, mas com o quê especificamente?
Simplifique sua vida, livre-se dos entulhos, deixe espaço para o que interessa. Inclusive para a sua criança interior.
6 comentários:
Que legal,quero ver ainda!beijos,tudo de bom,chica
Morena, embora eu não tenha ido assistir Toy Story ( e digasse de passagem: adoro filmes infantis)gostei muito do que dizes em teu comentário concordo contigo e quero destacar dois momentos da tua fala:"O pior é que começamos a substituir as pessoas"e,"Não é fácil crescer e ter que guardar nossa criança no sótão. Então por que guardá-la?
Ainda há tempo de libertar a criança, retomar amizades, caminhar descalço, desapegar-se de coisas, ganhar tempo com quem amamos". Tens toda a razão, que bom que penses assim.. bjus no coração!!
Estou louca para assistir. Adoro estas animações, geralmente são melhores que muitos filmes. Não há sombra de duvidas que sempre e bom cumprirmos as nossas responsabilidades, mas sem nunca deixar de lado a criança que existe dentro de cada um de nos. Me parece que algumas pessoas sentem vergonha disto. Não deveriam. O que e bom, não e para ser deixado de lado. Ainda mais nos dias de hoje onde, infelizmente, o mal impera. Eis mais um motivo para tornar o nosso dia a dia mais leve: deixar aflorar o nosso lado criança.
Sem dúvida...
Seja bem-vinda, agradeço sua visita ao meu blog http://marta3m.zip.net/.
Sem dúvida, o humano como objeto sem valor,descartável.
Ao humano possível...
Adorei o seu blog. Voltarei.
Abraços
Angela,
Assisti ao filme. Mas, confesso, não tinha parado para pensar na relação de abandono que fazemos em face dos outros e de nós mesmos enquanto crianças frente ao consumismo e à "modernidade". Mas você tem toda a razão!
Quando chegamos em casa, não temos mais tempo para refletir ou para cultivar quem gostamos. Temos de responder e-mails, entrar no orkut, no facebook, no msn, ... E se algo ou alguém nos chateia, temos outras opções de consumo. Então, substituimos até mesmo a reflexão. E assim vamos na superficialidade e no vazio, que parece preencher.
Grato por esse tempo de meditação.
Abração,
Eduardo.
Chica, assiste que vc vai adorar. Gladis temos que nos dar conta disso p dar atenção ao que é importante. Kellizinha, a vida das crianças é leve, temos que aprender com elas, sem que isso signifique fugir às responsabilidades. Martaa seja bem-vinda, é possível sim sermos apenas humanos. Eduardo, concordo contigo. O difícil às vezes é a gente parar p pensar onde queremos ir em meio a todas as coisas que o consumo nos oferece. abs
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