quarta-feira, 22 de abril de 2009

Para pensar

Que tempo é este, em que falar de árvores é quase um crime, pois importa em calar sobre tantos horrores.
BERTOLT BRECHT

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Gestante atípica, eu?

Minha amiga Mara diz que sou uma grávida atípica. Estou na 13ª semana e até agora não senti enjôos, não tenho aquele sono todo que as grávidas de primeiras semanas tem, não estou mais emotiva – pelo menos não mais do que sou naturalmente.
Ok, tenho alguns sintomas como barriga e fome aumentando. No início, senti umas cólicas também. Disseram-me que é normal, em razão do útero se dilatando.
Não sou daquelas mamães de primeira viagem deslumbradas com a idéia que já compraram a enciclopédia do bebê completa e sabem tudo que vai acontecer. Eu não sei nada, cada sintoma é uma surpresa e, na dúvida, pergunto para minha irmã Michele, que já passou pelo primeiro filho, ou para minhas outras amigas grávidas. Exceto pelas meinhas vermelhas, não comprei nada para o bebê e não faço a menor ideia das tecnologias e utensílios existentes para facilitar a vida das mães. No máximo, tenho lido o blog Nave mãe da Zero Hora. Acho que tenho medo de ficar aquelas pessoas chatas que não tem outro assunto a não ser falar da gravidez e maternidade. Além de futura mamãe, quero continuar sendo uma pessoa interessante e bem informada, mas não apenas sobre fraldas, mamadeiras e dores de barriga. Aliás esse é um conflito que vivo atualmente. Me sinto até culpada, mas é inevitável. Meu grande dilema atual é “Como ser gestante sem deixar de ser mulher?”, o que já antevê o próximo: “Como ser mãe sem deixar de ser mulher?” Por mulher leia-se o lado vaidoso, feminino, sensual, essas coisas.
Eu sei que é um momento maravilhoso o da maternidade e estou curtindo muito a ideia. Mas meu lado vaidoso (e egoísta, por que não?) não pode deixar de observar as mudanças angustiantes no meu corpo e lembrar de como achava um porre aquelas grávidas sem outro assunto.
Admito, sou uma grávida atípica. No entanto acho que manter minha vaidade e individualidade não são contra-indicados para o bebê. Amor ele já tem e terá de sobra, mas prefiro poupar os outros das corujices e outras “ices” das gestantes deslumbradas. Só falo a respeito quando me perguntam e sou breve. O deslumbramento guardo para quando o bebê nascer - e só para ele!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Angela na Revista Magis

Saiu na segunda edição da Revista Magis, página 14, uma entrevista comigo sobre minhas consquistas e projetos literários.

O endereço está abaixo:

http://www.unisinos.br/magis/

Oito cavalos na praça já é demais!

Escrevi um texto para o blog do ZH zona sul sobre o descaso do poder público com a praça Suiça, pois, após ter o mato tomado conta, virou pasto para os cavalos.
O mais surpreendente do post são os comentários, pois há gente muito indignada comigo, me xingando, que os cavalos não têm culpa, que fui criada em apartamento, que sou blogueira sem noção, que melhor ter cavalos que marginais na praça, blá blá blá. Só que quem lê o texto percebe que em nenhum momento me manifestei contra os animais, mas contra o abandono dos espaços públicos e a inadequação de se transformar uma praça em pastagem, ou até coisas piores que podem vir pelo descaso.
É aí que se comprova que o texto ganha vida própria. As pessoas entendem o que querem entender, independentemente da posição que o autor pretendia exprimir. Isso ocorre principalmente na internet, onde a leitura geralmente é rápida e superficial. Por isso que se vêem tantos mal entendidos. As pessoas deviam refletir mais antes de atirar a primeira pedra. A outra conclusão é que tem muita gente de mal com a vida no mundo e talvez isso explique esse fator de violência a que somos submetidos diariamente no convívio urbano.
Quem quiser participar da polêmica, o endereço segue abaixo:
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=165555&blog=618&coldir=1&topo=3951.dwt