sábado, 21 de março de 2009

O conteúdo das meinhas vermelhas


Alguns ficaram surpresos (inclusive eu)com a notícia de que vou ser mamãe. Mas a idéia não é nova, há tempo esse desejo me acompanha. Só que não é assim tão simples ter um filho hoje em dia. Depois de muito pensar, eu e o Gu achamos que para 2009 estava bem, então...que foi mais depressa do que pensávamos e eis que vamos rechear as meinhas vermelhas logo logo. Para provar que não foi descuido, compartilho esse momento de emoção com uma crônica que escrevi ano passado, em setembro:

Bisbilhotando as prateleira da loja, comovi-me com um par de meinhas vermelhas de bebê. Meu instinto materno aflorou imediatamente. Imaginei um bebezinho dentro delas chacoalhando os pezinhos no ar e sorrindo, afinal estava quentinho, sequinho, e tinha um par de meias vermelhas, rechonchudas para tentar pegar. Que mais ele quereria da vida? Enquanto isso, a mamãe coruja observava-lhe todos os movimentos, entretida com aquela brincadeira. Criança é casa cheia, não há lugar para o tédio. Vai sempre surpreender com um novo gracejo.
Comprei as meinhas. A idéia havia me feito sorrir, pois imaginei o filho que ainda não tinha.
Sentimentos confusos de medo e dúvida de como seria a vida depois da vinda de uma criança me fizeram, como fazem várias mulheres da minha geração, adiar uma gravidez. No entanto, chega uma hora que parece que o desejo e a felicidade de poder cuidar de um serzinho superam a instabilidade emocional e começam a falar mais alto. Daí que comprei as meinhas vermelhas e bichinhos de pelúcia. A próxima etapa talvez seja a da mamadeira e das roupinhas. Depois só falta tornar o bebê real, o que não é tão simples assim, pois implica em abdicar várias coisas, além de demandar uma estrutura de casa, marido, finanças que nem sempre estão em equilíbrio ou existem no momento que se decide ter filho.
Minha amiga teve bebê recentemente, e fiquei eu imaginando como seria a sensação dela ao ver a carinha da filha pela primeira vez. Deve ser uma das maiores emoções que alguém pode ter. Cobertor para a alma e o coração. Penso que a pessoa nunca mais se sente sozinha e encontra um outro sentido para sua existência. Como na época da infância, voltamos a brincar de bonecas, sem querer, imitando o que nossas mães faziam e diziam para a gente. Gotinhas de amor transferidas através do leite, das palavras, do banho, das canções de ninar, das historinhas infantis, das noites insones, do sorriso, do beijo, do abraço.
No meu caso, por enquanto, visto meus sonhos com meinhas vermelhas e mantenho aquecidas as lembranças do que ainda não tenho.

É bom viver aqui

Saiu no blog do ZH Zona Sul um texto meu com o título "É bom viver aqui", com as fotos do Gustavo. Ficou bem legal, e já tem vários comentários.
Confiram em:
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=159177&blog=618&coldir=1&topo=3951.dwt

Se não gostarem do texto, pelo menos as fotos do Gu valem a pena! :)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ser ou não ser, eis a questão...

Essa também é do Hamlet! Só não identifiquei na obra qual a famosa cena que ele fala com uma caveira na mão.
Quantos dilemas não enfrentamos todos os dias! Ninguém disse que viver seria fácil, quanto mais fazer escolhas.
Se é para se arrepender, que seja do que fiz!
A dúvida do que seria corrói a alma.
Como diria Pessoa:
"Navegar é preciso!"

domingo, 15 de março de 2009

Hamlet

Lendo Hamlet do Shakespeare, encontrei lá pelas tantas, no diálogo do Príncipe da Dinamarca com Horácio, a célebre frase:
"Há mais coisas no céu e na terra do que a vossa filosofia julga".
Embora conhecedora da frase, não fazia idéia que era de Shakespeare.
É, há muita coisa que a gente não sabe!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Deu branco!

Não sei o que passa esse início de ano (já nem tão início, estamos em meados de março), e não estou conseguindo parar e escrever. Ok, escrevi algumas coisinhas, mas nada comparado aos profícuos 2007/2008.
Não, também não é falta de ter o que contar, pelo contrário, acho que o excesso de acontecimentos está me sufocando o fluxo de idéias.
Será que as mudanças alteram a disposição de escrever? Hummm... é de se pensar, mas que geram estresse não há a menor dúvida.
Janeiro e Fevereiro - dois meses de trabalho na Praia, leva a casa para o litoral, novas atividades, o conflito interior entre o ter de trabalhar e a vontade de desfrutar, enquanto as pessoas estão lá de férias...
talvez eu escreva sobre essa enxurrada de pessoas que invadem as praias gaúchas e deixam Porto Alegre tão... transitável.
Também estou devendo as resenhas dos livros que li, filmes que vi, idéias que pensei...
mas por enquanto tudo segue no "branco total" , como aquele sabão em pó da propaganda.
Será que estou como a Clarice que depois de toda obra "morria" e precisava de um tempo para recomeçar? Aguardo que as tintas logo maculem esse meu cérebro que mais parece uma visão daquela dos personagens do filme "Ensaio sobre a cegueira".
Para não deixar tudo tão branco assim, deixo links de textos postados nos blogs do ZH Moinhos e ZH Zona Sul:

Dupla Homenagem
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=157287&blog=455&coldir=1&topo=3951.dwt

Beira-Rio às escuras
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=158347&blog=618&coldir=1&topo=3951.dwt

Manhã de domingo em Ipanema
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=150304&blog=618&coldir=1&topo=3951.dwt